sábado, 6 de agosto de 2011

4º Dia São Félix do Araguaia - Gurupi

Depois de uma noite nas precarias instalções do Hotel Araguaia, muito simples, café da manhã honesto com suco e um delicioso pão de queijo mais muita simpatia por parte de Dona Diva fomos procurar a balseiro para a travessia do Rio Araguaia para a Ilha do Bananal. La chegando ele comentou que a passagem pela ilha não estava segura e que a uns 10 dias atras um grupo com Troller tentou passar mas só um encarou e saiu puxado por um trator. Enquanto avaliavamos a situação as mais desencontradas opiniões, externas ao grupo, surgiam com origens das mais variadas tais como o frentista do posto, um eximio conhecedor da região cheirando a cachaça as sete da matina, morador antigo e como não podia deixar de acontecer até um indio apareceu para dar a sua opinião. Para completar havia a informação de que das duas balsas que fazem a travessia somente uma, a menor, estava operando e seriam necessárias cinco viagens com duração de uma hora cada para transportar todo o grupo. Decidimos então procurar uma alternativa, sendo decisão do grupo seguir para Santo Antônio e depois Luis Alves para fazer a travessia seguindo posteriormente até Gurupi. Informações obtidas, carros prontos e abastecidos seguimos então por estrada de terra em direção a Santo Antônio, cerca de 80 KM no sentido sul. No inicio uma estrada foi passando gradativamente a ser uma trilha onde tivemos oportunidade de ver uma CASCAVEL atravessando a pista alem de algumas SIRIEMAS,  animalmais presente na expedição até agora, Tiramos uma foto de todo o grupo em uma das paradas para drenar o filtro e seguiamos tranquilos seguindo a trilha que já havia voltado a ser uma estrada mais larga e ótimo piso orientados pelo GPS quando uma placa indica 25 km para Santo Antônio, saindo a esquerda da estrada do GPS. As indicações se tornaram impresidas mas a estrada mais marcada era realmente a indicada pela placa que decidimos seguir. Depois de mais de 30 km nada de Santo Antônio chegar mais decidimos continuar até obter uma informação que por ironia só fomos ter já na cidade depois de mais alguns km. Bandeirante abastecida, parada na "mercearia", informações checadas e fomos para a primeira das três balsas que precisariamos utilizar para chegar a Luis Alves. que estava a cerca de 150 km de distancia. Não conseguimos todos pegar a mesma balsa pois um caminhão da TAMBASA Atacadista estava por lá e seguiria o mesmo caminho. Uma observação. Não entendi e não compreendo como um atacadista que tem uma enorme frota e estrutura logistica pode deixar que um de seus veículos se utilize daquelas estradas com um só motorista e guia rodoviário desatualizado. Encontramos já no final do dia o motorista na travessia final do Rio Araguaia e ele dizia que o caminhão estava todo detonado Ao fazermos esta primeira travessia pelo Rios das Mortes, muito bonito, entramos no Parque Estadual do Araguaia e seguimos por um trecho inicial bastante preservado. Estrada ora de pura areia, ora com piso mais firme seguia seus 80 km até o Rio Cristalino levantava muita poeira fazendo com que os veículos tivessem que ficar bem distantes um do outro, coisa que os novos rádios superaram com galhardia. Uma caracteristica do trecho foi a enormidade de porteiras fechadas que encontramos dando muito trabalho ao navegador lider. Novamente vinhamos bem na trilha marcada e GPS navegado quando de repente uma recalculada e as marcações já não são confiaveis. Seguimos firmes na trilha até que uns 20 km depois outra recalculada e tudo entrou nos eixos. Muitas fazendas depois surge a APA Araguaia e em seguida chegamos a balsa do Rio Cristalino que para nossa surpresa estava carregada com um caminhão mais sem o balseiro que havia ido a uma fazenda próxima pegar diesel pois a barca estava com pane seca. Oferecemos o nosso especialista em pane seca mais na verdade tivemos que esperar por duas horas até o problema ser sanado em cruzrmos os cinco carros. Tinhamos mais 68 km pela frente até a terceira balsa do dia e já passavam das duas da tarde quando por uma trilha novemente variando entre areia e piso firme seguimos em frente. Neste trecho a presença de "mataburros" facilitava o prosseguimento do deslocamento porem a estrada foi ficando com muitas ondulações que fazim o Engesa sofrer muito com seu entre-eixos muito curto, quicando demais. Passamos por longo trecho de cerrado que aparentava estar totalmente preservado com uma beleza sem igual, o que compensou a diminuição da velocidade do comboio para que todos andassemos sempre com o outro no visual. Já os km finais foram bem díficeis pois os areiões foram aumentando como também os buracos finalizando com a quebra do escapamento do Engesa já na chegada a balsa. Cerca de duas horas depois de sair do Cristalino e com o  comboio completo embarcamos para a bela travessia do Rio Araguaia e finalmente chegar a Luis Alves completando 8 horas para percorrer 250 km. Fizemos então uma rápida reunião para avaliar a situação e a decisão foi prosseguir nos 296 km até Gurupi, decidindo ainda parar em São Miguel do Araguaia para abastecimento e calibragem dos pneus pois tinhamos esvaziado-os bastante para melhorar o conforto nas estradas de terra. Já começava a escurecer quando saimos para Alvorada onde fariamos uma breve parada antes de ingressarmos na Belem-Brasília para os 80 km finais até Gurupi onde chagamos as 21:40 para hospedagem no Veneza Palace Hotel. Percorremos então um total de 562 km no dia sem maiores complicações nos carros. O balanço final foi bom, pois empora tenhamos de início ficado um pouco frustados por chegar a São Felix e não chegar a Ilha do Bananal, o passeio alternativo foi repleto de situações que ao meu compenssaram com sobras a passagem na ilha.



































8 comentários:

  1. Apesar se nao termos tido a oportunidade de atravessar a Ilha do Bananal, o dia foi pleno de emoções e adrenalina na trilha que liga Sao Félix a Luis Alves. Muita areia, poeira pra dar e vender, emoçoes e calor.
    Impressiona a dimensao da cidade de Gurupi. Vamos em frente

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  2. Ainda não foi desta vez, a Ilha do Banannal!
    Não faltará oportunidades, se Deus quiser.
    Abraços a todos.
    Nancy

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  3. Pelo que estou lendo, voces estão que nem pinto no lixo!!!! Que bom saber que vcs estão curtindo a viagem, estamos daqui torcendo!!!!
    BJS

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  4. Uau!!!!!!! que aventura!!!!!!!!!!
    Estão botando inveja até para o Idiana Jones!!
    Bjs

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  5. Pinto no lixo foi uma descrição precisa para como vcs todos devem estar se sentido! Balsas, areiões, cerrado preservado, porteiras fechadas, trilhas, recálculos! Foi pra isso que vcs pegaram a estrada, né? Estamos curtindo muito essa aventura! Viagem com cuidado. Beijos

    Andreia, Luiz e Joaninha

    PS: Hoje de tarde vou dar uma passada pelas pousadas mais em conta de Chapada e posto no fim do dia um comentário com os preços pra quem se interessar.

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  6. Uau! Que dia! Em meio ao delicioso pão de queijo, opiniões cheirando a cachaça, siriemas e cascaveis fazendo parte do cerrado ainda virgem, muita poeira e ponte( nossa, será que é segura?) O que vale é todos prontos para os imprevistos e esportividade para os próximos desafios. Bananal fica para a próxima. Mais aventura impossível!
    beijos

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  7. Ta tendo de tudo nessa viagem... até depoimento de índio e de um eximio conhecedor da região cheirando a cachaça.. hahaha essa foi ótima!
    A viagem apesar dos imprevistos está saindo com muita aventura, isso que interessa!!

    beijos

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  8. lindas fotos... teremos muitas historias... que inveja de ferias ;;;

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