Décimo dia da expedição e o comentário inicial ainda se refere ao dia anterior, quando fomos jantar em Uruará. Fomos a uma churrascaria onde o Luiz já havia passado na expedição de março e embora avidados que podia demorar fomos surpreendidos com a falta de preparo no atendimento. O menino que nos atendeu demostrava certo assustamento com dez pessoas "famintas" chegando ao mesmo tempo com interesses váriados com respeito a que prato pedir.Finalmente tudo equacionado sai o pedido com a expectativa de atendimento em uma hora. Detalhe, pedimos cinco pratos no total. Com o tempo passando a menino tras a salada, alguns dos bifes pedidos, a farofa e avisa que a cozineira se confundiu e vai vir tudo igual mas um detalhe continuava a nos incomodar, Cade os pratos e talheres? Pede daqui e dali aparecem os apetrechos e conseguimos comer uma comida bem saborosa, que atendeu a todos em qualidade e quantidade. Hoje de manhã um bom café da manhã no Hotel Amazônia, depois de uma noite bem dormida apesar dos quartos apertados e alguns dormirem apenas em colchões. Partinos as 08:00 horas para o posto de abastecimento, que só havia recebido o diesel a noite, onde abastecemos os carros e as geladeiras com gêlo. Finalmente então seguimos para a TransUruará que após 220 km nos deixaria em Santarém. Existem alguns mitos com respeito ao trânsito neste trecho pois a estrada é via de acesso para a retirada de madeira, legal e ilegal, porem trata-se de uma estrada que embora esteja locada no mapa de forma incorreta, realmente existe com o nome de PA-370. O seu trecho inicial ainda corta trechos de floresta amazônica ainda não totalmente ocupados e a estrada não recebe o sol de forma intensa sendo na época das chuvas muito comum a formação de atoleiros que de certa forma inviabiliza o tráfego de veiculos "normais". Vimos vários caminhões "toreiros" quase sempre vazios pois eles andam carregados somente a noite para evitar a fiscalização. É comum identificar inmeros acessos de veiculos pesados para o interior da mata fechada. Na mata fechada não é muito facil de ver bichos mais é impressionante o que se escuta, você realmente sabe que tem vida por perto. Em uma das paradas para escutar os animais verificamos que a Bandeirante estava com o pneu traseiro esquerdo furado. Mobilização geral para tentar consertar o furo com o pneu no lugar mas não teve jeito, só trocando pelo estepe. Aproveitamos o possível na estrada fazendo por vezes a opção de passar por lugares ainda encharcados, mas tirando um banho de lama do Luisz no fotografo Chápéu tudo certo. Banho de garrafa tomado e roupa trocada seguimos para o trecho seguinte que nos levou a um assentamento de agricultores que ficam na epoca das chuvas totalmente isolados e de certa forma abandonados a própria sorte. Conversamos com o propríetário de uma vendinha, que estava desativada por falta absoluta de clientes. Distribui algumas bananadas para as crianças e tirei algumas fotos destes brasileiros que para terem algum futuro deverão ter muita sorte. A realidade é de que pegar as familias e assentarnaquele local não dá outra alternativa que não seja desmatar uma pwquena área para plantar alguna coisa que provavelmente não dará o rendimento necessário para o sustento de sua família e aí a alternativa e desmatar mais um pedaço de sua terra até esgotar totalmente a mata nativa. Seguimos em frente procurando um local para um lanche rápido pois já eram mais de meio dia e ainda estavamos na metade do caminho. Paramos sem muita expectativa no Restaurante do Chico Crente, na localidade de Cicero Mendes, as margens da PA-370, com instalações muito simples mais com um almoço self service que nos surpreendeu pelo sabor. Quase todos almoçamos de verdade com arroz, feijão, macarrão e uma deliciosa galinha caipira. Dona Lucimar esta de parabens, Mais 8 KM chegamos a barragem da UHE Curua-Una onde depois de algumas fotos presseguimos para um local bem propício ao um banho de rio onde podemos nos refrescar de maneira muito gostosa. O Chapéu aproveitou para lavar a roupa suja de lama e tiramos também algumas fotos.
Depois do banho de rio os últimos 70 km para Santerem são de asfalto e aproveitamos para acelerar um pouco com a intenção de chegar antes das 16:00 horas para fazer alguma manutenção nos carros. Lá chegando pedimos algumas informações e chegamos a loja Carango onde a L200 e a XTerra trocaram o óleo. Luiz foi a outro local pois queria limpar o carro que estava totalmente empoeirado e o Jorge foi com a Bandeirante para consertar o pneu. Dividimos a equipe e a L200 e XTerra seguem direto para mais 30 km até Alter do Chão para procurar um hotel para passarmos o fim de semana. Lá chegando fomos surprendidos pela intensa ocupação devido a um feriado estadual na segunda feira. `Procura daqui e dali achamos vagas para o pessoal da Hilux e da Bandeirante na Pousada Vila da Praia e para o pessoal da L200 e XTerra na Pousada Bela Praia. Agora é aproveitar as belezas di Rio Tapajós que paasa tranquilamente, quase que chamando para um banho. Resumo do dia: 250 Km rodados em 10 horas de jornada com direito a manutenção nos veiculos.
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Desmatamento |
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Pneu furado |
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Toreiro |
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Mata fechada |
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Na chuva - atoleiro |
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No rumo certo |
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PA370 |
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Vicinal da madeira bruta |
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PA370 |
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Parada no assentamento |
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Zidane |
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Muita dificuldade |
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Muita luta |
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A estrada é nossa |
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Boa comida |
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É o Brasil |
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UHE Curua-Una |
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Rio Curuá |
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Manutenção em Santarém |
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Rio Tapajós |
Belo painel de fotos com a cara do povo da região, a linguagem escrita(Mascolino/Femenino), o "pê-efe", a Bandeirante cuzando a mata (aliás a Bandeirante aparece muito bem em todas as fotos!), a manutenção. Além disso, a desgraça que são os toreiros, pronos para o bote.
ResponderExcluirnossa... estas estradas parecem mais as trilhas do rally do pezinho!!!
ResponderExcluiras fotos estao otimas pai!
beijos,
nanda
Nossa, as legendas das fotos estão ótimas. Detalhe para a lindíssima castanheira que emoldura a foto dos carros fechando a estrada. A situação dos assentamentos na Amazônia é esta mesmo. Não porque eles querem, mas o desmatamento é uma consequencia da irresponsabilidade das autoridades ao querer instalar a população em locais totalmente inóspitos ou com extremas dificuldades de acesso e escoamento de sua produção, como vcs puderam ver. Se tiverem chance, vale a pena ler uma matéria que eu fiz em 2006, mas ainda está super atual, sobre a situação de desmatamento nos assentamentos da Amazônia:
ResponderExcluirhttp://www.oeco.com.br/reportagens/1535-oeco_16091
No mais, belas fotos, grandes histórias, boa viagem, muito aprendizado tenho certeza :))
Bjs
Andreia
Aí pessoal espero que tenham passado um bom dia dos pais.
ResponderExcluirEstamos acompanhando diáriamente.Parabéns pelos relatos e vão que vão.
Abs
Carlinhos.