sexta-feira, 5 de agosto de 2011

3º Dia - Barra do Garças - São Félix do Araguaia

Depois de dois dias mais dedicados ao deslocamento para a "área de operações" iniciamos o terceiro dia da expedição saindo cedo de Barra do Garças. Logo na saída providenciamos o gelo para manter as bebidas geladas e quase na hora de pegar a estrada o Paulão da Bandeirante deu por falta de sua máquina fotográfica. Procura daqui, procura dali e o jeito foi voltar ao Hotel Esplanada, muito bom com o custo de R$ 100,00 o quarto duplo com um ótimo café da manhã.No hotel a máquina não foi encontrada e o jeito seria seguir adiante. Já na estrada em direção a Nova Xavantina em uma busca mais acurada em todas as bolsas a "bordo" eis que a máquina foi encontrada na bolsa do computador. Todos ficaram aliviados pois o Paulão tem ótimos registros em sua máquina. Com 40 minutos de atraso em relação ao planejamento seguimos pela BR158 que de uma maneira geral esta em boas condições de trafegabilidade, exigindo algum cuidade nas ultrapassagens pois na alternancia entre ótima pavimentação e alguns buracos na pista quando ultrapassamos as carretas e bitrens temos que ter cuidado  pois eles podem a qualquer momento sair de sua pista de rolamento para evitar uma das crateras. Logo no inicio do trecho paramos para fotografia de interessante formação geológica bem parecida com as encontradas na Chapada dos Guimarães. Passamos bem por Nova Xavantina e quando nos aproximavamos de Agua Boa, já com aproximadamente 220 km percorridos, quando ao final de uma ultrapassagem a Bandeirante apaga com pane seca (falta de diesel). Manobra rápida para o acostamento pois estavamos em uma posição perigosa a alguns da equipe sinalizam o local e o Engesa com o Evanilson se posiciona para fuchar a Band. Manobra realizada, abastecemos com o combustivel reserva e seguimos para Água Boa. Na avaliação percebemos que a Band esta consumindo cerca de 7 a 8 Km/L e que no último abastecimento não foi completado corretamente o tanque. Lanche a base de pastel de carne frito na hora e seguimos em diante para Ribeirão Cascalheira com a expectativa de 60 km ainda de asfalto e em seguida pegar a pista de terra batida. Pegamos algumas informações sobre as condições da estrada e possibilidades de abastecimento, recebendo a informação de que mais 100 Km teriamos outro posto BR para o abastecimento necessário para chegar a São Félix do Araguaia. Ainda nos 60 km de asfalto depois de Água Boa tivemos que fazer mais uma parada para completar a água da Band. Coisa rápida e seguimos em frente chegando finalmente ao fim do asfalto. A estrada esta em obra e alternava bom piso com alguns desvios, mais nada que atrapalhasse o deslocamento. Passamos por um lugar chamado Alô Brasil onde algumas placas indicativas não nos chamaram muito a atenção e seguimos em frente pela BR 158 esperando achar o tal posto BR nos indicado. Andamos um bocado e nada de posto, fizemos uma parada para tirar "agua do filtro" e quando seguiamos adiante tivemos que fazer uma parada para fixar melhor o bagageiro do Engesa. Andamos um bocado até chegar ao local para fazer a virada a direita em direção a São Félix do Araguaia onde chegamos por volta das 16:00 horas. Usando palavras do Paulão o local parecia o "velho oeste" e perguntado ao pessoal do local descobrimos que ainda faltavam mais de 30 Km até o Posto da Mata, lo9cal onde alguns carros poderiam precisar abastecer. Seguimos em diante por uma estrada bem sinuosa com grandes ondulações e pontes de madeira. Neste trecho um fato curioso aconteceu com o Evanilson. Com a velocidade e as costelas na pista de terra os carros vibram um bocado, sendo necessária a recalibragem dos pneus para uma pressão mais baixa, pois bem vinha o Engesa em boa velocidade quando em uma depressão o pneu "salta" do bagageiro raspando no retrovisor do motorista que imediatamente para o veículo, sendo então atropélado pelo seu próprio pneu. Mais uma parada para melhorar a fixação da carga efinalmente as 17:11 horas chegamos ao Posto da Mata. Lá chegando descobrimos que se tivessemos entrado lé em Alô Brasil teriamos economizado pelo menos 40 km que em relação ao tempo seria de quase uma hora. Carros abastecidos de combustivel e gelo e seguimos para os derradeiros 117 km até o destino. As estrada é larga e sem muito trafego, porem a semelhaça das demais com muita poeira. A noite chegou e com a velocidade um pouco mais reduzida chegamos por volta das 20:10 horas a São Félix para procurar um hotel para o pernoite e informações a respeito da travessia. Alojados no hotel saimos rápido para o jantar pois a fome era negra, sendo nos indicado um restaurante a beira do Rio Araguaia, onde fomos muito bem recebidos podendo dizer que fizemos a melhor refeição de toda a viagem, a base de pirarucu, tucunaré e pintado. A cerveja estava no ponto e a caipirinha foi eleita també,m a melhor da viagem. Nãon posso deixar de registrar a intensa ocupação do solo com atividades relacionadas a criação de gado e a agricultura, ao longo da BR 158, imensass pastagens e áreas já preparadas para o cultiva deixam pouquissímo espaço para a vegetação nativa. Já na MT424 percebemos o avanço na criação de gado em grandes áreas. Resumo do dia: Pouco mais de 12 horas de jornada com 688 km percorridos, sendo pelo menos 250 km em estradas de chão. Bom o lanche em Água Boa e nos demais locais já percebemos a precariedade das instalações e as limitadas opções de alimentação. Pane do dia: Bandeirante-Combustivel e água, Engesa-Fixação da carga e XTERRA-Vazamento de água da bombona reserva. No final tudo certo.













5 comentários:

  1. E aí Lula,beleza?Bom saber que vcs estão se divertindo em mais uma expedição,continuarei acompanhando,boa viagem a todos,abraço.
    Obs:Vejo que estais seguindo a dieta Transamazonica Challenge 2011(cerveja e peixe),rsrs.Segue assim.
    Abraço dos doidos -Doido é Doido

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  2. Pai, ótimo relato. Esta viagem eu ainda não fiz, mas muito em breve devo ir pra São Félix (mas acho que de ônibus!!) Bom, só para enriquecer o relato, quando vcs passaram pelo Posto da Mata vocês estavam dentro da Terra Indígena Maraiwatsede, do povo Xavante. Trata-se de uma área de 165 mil hectares que foi ocupada por fazendeiros depois que os índios foram retirados pela FAB para não atrapalharem as estratégias de ocupação da Amazônia, nos anos 60 e 70. Por conta disso, hoje a região vive em conflito porque, apesar da decisão judicial de saída dos fazendeiros, eles não querem deixar a área e têm apoio do estado de MT para permanecerem. Cerca de 85% desta terra indígena encontra-se devastada e os indios vivem sérios problemas de segurança alimentar e acesso a recursos naturais. Por isso a área recebeu o triste titulo de Terra Indígena mais devastada da Amazônia.
    Bom, fora isso, vou tentar acompanhar melhor a viagem. Nesses dias tenho estado em reuniões e nem tempo para ver email eu tive. Continuem se divertindo e fazendo boa viagem. Um beijo chapadense,

    Andreia

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  3. Bom dia pessoal! Vocês ainda não me conhecem, então vou me apresentar: meu nome é Patrícia filha do Paulão (acredito que seja o da máquina fotográfica - aquele que perdeu e depois a achou - é bem típico dele). Bem, passo por aqui para expressar o quanto fiquei extasiada e admirada com essa aventura incrível pela qual todos vcs estão vivendo. Para alguns é apenas mais um passeio dentre muitos outros, mas, para meu pai, sei que é a realização de um sonho! Paisagens inóspitas, fantásticas, barreiras e desafios a serem superados, uma nova realidade e, a cada dia, novas descobertas! MARAVILHA!!! Fico por aqui, desejando a todos mais e mais aventuras, acompanhado de perto através desse blog sensacional, e torcendo pra que tudo dê certo. Abraços a todos.
    Ah, o Paulão já esqueceu o celular em algum lugar? Bem, se isso acontecer, não se desesperem, muito provavelmente estará no bolso dele... kkkkkkkkk

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  4. www.aguaboanews.com.br participando aqui dessa emoção e publicando tudo.Cada dia uma reportagem especial
    http://www.aguaboanews.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=18635:expedicao-brasil-transamazonica-2011-3o-dia-barra-do-garcas-sao-felix-do-araguaia-&catid=3:aventuras&Itemid=12

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  5. Andreia Fanzeres eles passaram ao lado da reserva indígena Areões entre Nova Navantina e Água Boa bem como à 08 KM da aldeia Marãiwatsede.
    Uma visita às Aldeias enrequeceria a aventura.
    Por Kassu - site www.aguaboanews.com.br

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