segunda-feira, 15 de agosto de 2011

13º Dia Alter do Chão - Itaituba

Recomeçamos hoje a andar pelas estradas. Nascer do sol em Alter do Chão com o belissimo visual da Ilha do Amor logo em frente é sem dúvida previlégio para quem esta disposto a vir de muito longe. Saimos por uma estrada de terra que nos levaria a BR163 passando por Belterra, cidade utilizada por Henri Ford para atenuar seu prejuízo no projeto de produção de borracha na Amazônia. Foram apenas 16 km e logo cedo estavamos por lá batendo fotos das instalações que em nada lembram as demais cidades da região. Um arruamento organizado, instalaçõesde orgãos publicos e, não podiamos deixar de registrar, a presença de hidrantes para o combate a incêndios. Aproveitamos e compramos gêlo a R$ 0,50 o balde pq. O Jorge procurou diesel para a Bandeirante mais não tinha nada no posto. Apenas como alerta não é incomum faltar algum tipo de combustível nos postas de abastecimento. De Belterra chegamos rápido na BR163, em trecho já asfaltado com pelo menos 140 KM. Pista boa procuramos acelerar para ter mais tempo disponível para as visitas da tarde. Para registro neste trecho nos acompanha pelo lado direito da estrada, no sentido Rurópolis, a Floresta Nacional Tapajós que em alguns momentos parece pressionar a estrada querendo seu espaço de volta. Faltando cerca de 60 km para Ruropolis o asfalto acaba e começam as obras, com muitas máquinas na pista e a necessidade de fazer alguns devios que são simples ou passar pelo meio da obra muitas vezes pegando um piso bem mexido. Um pouco antes das 12 horas chegamos a Rurópolis para um reabastecimento e lanche. Reabastecimento ok e lanche nem tanto aproveitamos para pegar informações sobre uma estrada que cortaria a floresta em direção a Aveiro. A estrada consta do mapa mas não a encontramos e o pessoal a quem perguntamos não sabia de sua existência. Nos informaram sim sobre a Tranfordlandia que sai do KM 75 da BR230/163 em direção a  Fordlândia. Esta cidade foi idealizada Por Henri Ford nas decadas de 1910/20 com vários ideais, entre eles o de produzir borracha natural em escala industrial para as fábricas de automóveis alem de formar uma nova classe de trabalhadores. O projeto não foi bem concebido e muito menos melhor implantado, transformando-se num enorme fiasco. A cidade inteiramente construida a partir de padrões americanos, sucumbiu a floresta tropical a quem queria dominar. Diferenças entre os trabalhadores brasileiros e a direção da fábrica, falta de pesquisa na introdução novas espècies de seringueiras alem do clima implacavel na região tormaram o projeto inviável da forma que fora concebido, não restando aos administradores outra opção que não fosse mudar a produção para a cidade de Belterra, que já existia anteriormente, não dependento inteiramente do pessoal estarngeiro para funcionar.
Em Fordlândia, depois de 48 km de uma estrada com muitas pontes de madeira e alguns buracos, vimos o padrão das construções, as instalações industriais abandonadas, o porto, sistema de captação d'água alem das vilas residenciais com as caracteristicas redes de combate a incêdio com hidrantes vermelhos. A caixa d'água simbolo da presença americana esta lá e não podiamo deixar de fotografa-la. Interessante é que hoje a cidade esta ocupada mas não existe nenhuma atividade produtiva de força na região. Fizemos um ligeiro lanche, exceto o pessoal da Bandeirante que raspou tudo que tinha no bar para fazer um "monstruoso PF" mas que saciou a fome. Já passavam das 16 horas e nem o belissímo visual do Rio Tapajos com uma brisa fresca que soprava atenuando o calor podia interromper a nossa jornada para Itaituba. Tinhamos que voltar os 48 km até a BR 230 e assim o fizemos. Já na BR a estrada alterna pistas largas com o peso firme com trechos com obras em andamento. Uma caracteristica da estrada é a existencia de obras em todas as pontes, com a construção de pontes de alvenaria/concreto para subatituir as de madeira. J´a passava, das 18 horas quando passamos por Campo Verde onde a BR 239 se separa da BR 163 que segue para Cuiabá. Continuamos na BR 230 ainda com obras por 10 km até chegar ao asfaldo de seus últimos 20 km até a balsa para a travessia do Rio Tapajós. Chegamos já no inicio da noite e não tivemos vagas para todos os carros na mesma viagem ficando o Luiz, Chapéu e Rui para a proxima viagem. Já passavam das 21 horas quando chegaram ao Hotel Apiacas pois a Hilux apresentou um problema de bateria ainda em Fordlândia sendo necessário dar um tranco para acionar o motor e o Chapéu queria passar em um posto antes de chegar no hotel. Resumo do dia: 575 km rodados sendo 120 em asfalto e os demais em piso de terra. Abastecemos em Rurópolis com combustivel SHELL, balsa em Itaituba a R$ 24,00.. Total de 12 horas de jornada maisum visita muito interessante a Fordlândia.

Belterra

Belterra

Belterra

Belterra

Belterra

BR 163

Belterra

BR 163



BR 163



Rurópolis



Rio Tapajós


Fordlândia


Fordlândia


Fordllandia


Fordlândia


Fordlândia


Fordlândia


Fordlândia


Fordlândia


Fordlândia


Tatu




BR 230



3 comentários:

  1. E aí Pessoal! É a Patrícia filha do Paulão. Nossa, que lugar lindo! Como foram de dia dos pais? Bem, espero que tenha sido muito bom para todos, saibam que meu paizão fez muita falta por aqui...
    Esses registros são o máximo e a narração melhor ainda, com detalhes que não deixam passar nada em branco, é como se estivessemos aí juntinho com vocês. Parabéns!
    Paulão, por aqui está tudo bem, fora a saudade que é de rachar. Fatoca e PV mandam muitos beijos.

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  2. A história ao vivo, com "Forlándia" e Belterra, sua "cara" de EUA em pleno Brasil. Isto, misturado com o tatu, os ipês e a mata querendo retomar seu lugar à estrada. Muuuuito legal!

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  3. Muito legal a visita histórica à Fordlândia!!
    Bjs e boa viagem.

    Andreia

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