domingo, 19 de junho de 2011

A idéia

             Percorrer o Brasil para conhecer o seu povo e as belezas naturais, muitas vezes ainda sem uma infraestrutura turística, a verdadeira natureza intocada é uma atração irresistível. As diferenças culturais entre as diversas regiões e a passagem por biomas variados nos motivam a fazer esta expedição.
             Serão aproximadamente 9.000 Km de estradas e trilhas, um pouco mais da metade de asfalto que esperamos estar em boas condições, outro bom pedaço em estradas de terra e pelo menos 400 km de trilhas na Ilha do Bananal, nas proximidades de Tucuruí o Ramal 29 e a TransUruará na chegada a Santarém.
              A expedição começa em Niterói (RJ) e tem como primeiro destino a cidade de Fernandópolis no Estado de São Paulo quase divisa com Mato Grosso do Sul, serão 1023 km percorridos em estradas asfaltadas e em boas condições. O destaque deve ser o elevado nº de pedágios que contrabalançara intensiva ocupação do solo com atividades industriais de alta tecnologia como no Vale do Paraíba e proximidades de Campinas com alto desenvolvimento agrícola na região de São José do Rio Preto.
             No segundo dia cerca de 700 km nos separam de Barra do Garças(MT), porta de entrada na região do Rio Araguaia. Embora todo o trecho programado seja de asfalto, as estradas no Estado de Goiás costumam nos surpreender negativamente. Como paisagem teremos companhia o cerrado já bastante degradado pelo desmatamento e ocupação desordenada do solo para agricultura e pecuária.
             Terceiro dia e outros 600 Km nos esperam para a chegada a São Félix do Araguaia(MT). Neste trecho já estão previstos alguns Km em estrada de terra que poderão nos render alguma emoção. Na época das chuvas as estradas estavam em péssimas condições mas para agosto, na seca, a previsão é melhor.
             Agora vamos realmente começar a expedição. Depois de atravessarmos de balsa o Rio Araguaia chegamos a Ilha do Bananal. É esperada uma cobrança de pedágio por parte dos índios Carajás e Javaés que habitam a região. Neste quarto dia de viagem temos 90 km de trilhas cruzando de oeste para leste a ilha chegando ao Rio Javaé, o maior dos 5 cursos d’água que cruzaremos a vau. Já no Estado do Tocantins mais 110 km e chegamos a Gurupi com tempo para manutenção dos veículos e descanso para os participantes.
              Começamos o quinto dia já na Belém – Brasília, como é conhecido este trecho da BR-153, pois a verdadeira, que é a BR-010 neste trecho não é asfaltada, para os 600 km até a cidade de Carolina no Estado do Maranhão, chegando a porta de entrada para o Parque Nacional da Chapada das Mesas, que com seus rios e cachoeiras formam uma paisagem belíssima e que nos permite ficar um dia a mais na cidade apenas para curtir as belezas naturais.
             No sétimo dia o destino é Marabá (PA) e a estrada principal é a Transamazônica (BR-230). Cerca de 354 km de estrada de asfalto mas com previsão de piso ruim e muito movimento nas proximidades de Estreito (MA) nos deixa com alguma expectativa quanto a hora de chegada. Todo o planejamento foi montado no sentido de não fazermos deslocamentos no período noturno, exceto nas estradas mais conhecidas do Rio e São Paulo.
             De Marabá para Tucuruí (PA) serão 260 km em estradas de terra, passando por Jacundá e Goianésia do Pará. A opção por este caminho deve-se as poucas atrações no trecho da BR-230 até Novo Repartimento (PA) e a possibilidades de conhecermos a Hidrelétrica de Tucuruí.
            Nono dia da expedição e agora o destino é Altamira (PA) já as margens da Transamazônica. No levantamento realizado a estrada oficial seria a utilizada porem utilizando a experiência de um dos participantes da viagem e também de relatos de outras expedições o Ramal 29, uma trilha utilizada por madeireiros que liga Tucuruí até as proximidades de Pacajás (PA) na BR-230 torna-se uma boa opção. Serão aproximadamente 300 km no dia somente em trecho de terra.
            Nó coração da Amazônia sairemos de Altamira para outros 400 km até Santarém (PA) passando neste trecho pela TransUruará, outra estrada de madeireiros que encurta o caminho em cerca de 100 km. Chegando a Santarém o destino é Alter do Chão onde pernoitaremos por três dias aproveitando as delícias do “Caribe Brasileiro” com suas belas praias no Rio Tapajós. Passeio a Belterra (PA) onde Henry Ford tentou aliviar seu prejuízo depois da mal sucedida experiência da Fordlândia.
           De Santarém pela BR-163 seguimos neste décimo terceiro dia para Itaituba onde fica o Parque Nacional da Amazônia. A expectativa é de que depois de 300 km encontremos no parque uma área realmente intocada com a natureza ainda pujante sem a intervenção dos “desbravadores”.
          E vamos para os 279 km da Cuiabá – Santarém até Novo Progresso (PA), cidade pólo na região onde ficam inúmeras industrias de extração de madeira e em outras épocas com maior desenvolvimento a prospecção de minerais, em especial o ouro. Pode não parecer mais já estamos com quatorze dias de viagem.
          De Novo Progresso, seguiremos até Guarantã do Norte voltando ao estado de Mato Grosso. Serão 380 km da BR-163 ainda em piso de terra, com a expectativa de que em alguns trechos estejam sendo executadas obras de pavimentação. Neste décimo quinto dia de viagem se for possível visitaremos a Base Aérea do Cachimbo pois passaremos bem perto, outra atração são as Cachoeiras do Rio Curuá.
         No décimo sexto dia o destino final é o Distrito de Bom Jardim, localizado a cerca de 50 KM da sede do Município de Nobres (MT) onde ficaremos por dois dias para aproveitar as atrações da região que tenta se estabelecer como uma alternativa a cidade de Bonito (MS) em relação as atividades aquáticas de flutuação e mergulhos em águas ainda limpíssimas dos Rios Manso. Por perto temos também o Cuiabazinho e seus afluentes. Neste dia a programação prevê 600 km de asfalto pela BR-163 e o restante em terra pela MT-241.
        De Bom Jardim para a Chapada dos Guimarães (MT) cerca de 150 Km nos separam do Parque Nacional. Passaremos pela barragem do Manso e também pelo Distrito de Água Fria, pertencente ao Município de Chapada dos Guimarães.
        No vigésimo dia o destino é Três Lagoas (MS) já no retorno para Niterói, e a puxada será pesada com seus 1040 km de estradas asfaltadas com intenso movimento até Rondonópolis (MT), diminuindo um pouco até Campo Grande (MS) e ficando bem tranqüilo no trecho final até Três Lagoas.
       O último dia da expedição também será pesado, serão cerca de 1100 km até Niterói passando por ótimas estradas asfaltadas e com pistas duplas.
       Com a equipe do Niteroí Jeep Clube tenho certeza que a expedição será coroada de sucesso e todos trarão ótimas recordações alem de inúmeras fotos e lembranças.

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